quinta-feira, 30 de julho de 2009

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Pra gente ver como um animal afeta tanto a gente, provoca sentimentos, traz à tona o melhor de todos nós... O Catatau decididamente entrou para a História....
No DC:
Cachorros na UFSC:

Catatau: na luta contra o aumento 29/05/2007

Catatau: 22 agosto 2008

Cachorro que llates*: Herr Mané Catatau Kaont


Olhai os cachorros no campus...Eles não pesquisam, não ensinam, nem fazem extensão, mas nunca ninguém teve o rabo tão livre e desamarrado quanto eles.
Escutai os latidos no campus...Eles latem para estes currículos...
*Se fossem uivos, uiva-lo-iam.

Notícias sobre o Catatau da UFSC

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Rotweiller resgatado de dono que o espancava


Atendendo denúncia registrada em Boletim de Ocorrência, a Coobea resgatou na tarde de 17/07 o cão da raça Rotweiller, que era constantemente espancado e maltratado pelo seu dono no bairro Canasvieiras. O animal passa bem e já tem candidato para adoção. Não se cale e denuncie. Se você calar nada vai mudar!

Graça Dutra
17 de julho de 2009

Cão da raça Boxer resgatado para adoção


Foi resgatado em 20/07 após recebimento de BO e fotografias cão da raça boxer que vivia subalimentado e morto de fome. Ao chegar na Coobea devorou 3 pratos inteiros de comida, contrariando a alegação do dono que recebia alimentação diária. Pessoal, tenham cada vez mais cuidado com as adoções. Neste caso o local não era tão ruim e o dono tb não era tão ignorante. Quem não tem recursos econômicos para alimentar um cão grande não pode adotar!!!O animal é macho, manso e está para adoção.

Graça Dutra
21 de julho de 2009

Gatinho salvo do bueiro


"A todos que se preocuparam em retirar o gatinho do bueiro da rua Conselheiro Mafra, durante o fim de semana (e que receberam negativa de todos que deveriam abrir o bueiro para facilitar o salvamento) informamos que o bueiro já foi aberto por um funcionário da Coobea, na segunda feira pela tarde. As voluntárias que estão empenhadas na sua captura já podem colocar a armadilha e retirá-lo de lá para ter uma vida decente.Obrigada, turma do É o Bicho!"


Graça Dutra
28 jul 2009

A Rata e o Perro: pobres e nojentos


13 de novembro de 2007 . Foto Leo Nogueira

O carinho no meio da correria e das lutas. Sem palavras...
"Eu o vi na quinta-feira, em frente ao Elefante Branco, deitado, enquanto o Encontro Nacional de Estudantes de Economia fazia pausa para o almoço. Sentei do seu lado, falei com ele e lhe afaguei a cabeça. Não imaginava que jamais o tornaria a fazer. Agora me chega a notícia de que foi encontrado morto num dos córregos que cortam a UFSC. O Catatau se foi. Nunca mais veremos sua presença rebelde, tão mais rebelde que todos nós."
Trecho da homenagem da Jornalista Elaine Tavares ao querido Catatau, publicado no blog do SINTUFSC. Em : http://www.sintufsc.ufsc.br/wordpress/?p=1623
Leiam os comentários...
É isso aí, irmã do vento, da lua, do sol, das flores, das pessoas, dos animais...

Paredão de mármore do CCE

30 set 2008 . Foto: Leo Nogueira

27 julho 2009 . Foto: Leo Nogueira

27 julho 2009 . Foto: Leo Nogueira

Outrora o local favorito do Catatau tirar uma pestana, no dia 27 de julho de 2009 alguém imprimiu e colou a famosa foto do Che Catatau no paredão de mármore do CCE, na UFSC. Também colocaram flores para o amigo dormindo ali no jardim. Muito belo este gesto...
Eita, que saudade danada desse perro revolucionário, pobre e nojento...

domingo, 26 de julho de 2009

Hasta la vitória compañero!

Morreu o Catatau!
Ele era o melhor de nós. Sempre estava ali, em todas as lutas. Nas passeatas, nas greves, nas campanhas eleitorais, nos shows de música, nos atos políticos, nas ocupações. Tinha o andar cadenciado, um jeito despojado, um certo ar de alheamento que era puro fingimento, pois estava sempre ligado nos fatos. Entrava nas formaturas, nas reuniões do Conselho Universitário, reuniões de CÃS, do colegiado. Tomava sol em frente ao Básico e acompanhava os estudantes nas filas do RU. Acompanhava a galera do Passe Livre ou qualquer outra muvuca que rolasse dentro da UFSC. Era um revolucionário genuíno. Virou Che Catatau.
Eu o vi na quinta-feira, em frente ao Elefante Branco, deitado, enquanto o Encontro Nacional de Estudantes de Economia fazia pausa para o almoço. Sentei do seu lado, falei com ele e lhe afaguei a cabeça. Não imaginava que jamais o tornaria a fazer. Agora me chega a notícia de que foi encontrado morto num dos córregos que cortam a UFSC. O Catatau se foi. Nunca mais veremos sua presença rebelde, tão mais rebelde que todos nós.
Foi enterrado no lugar que mais lhe faz justiça. Ao pé da “Pira da Resistência”, monumento erguido pelos trabalhadores, numa greve da qual ele também participou. Agora viverá para sempre em frente ao Básico, passo de praticamente todas as almas que freqüentam a universidade. Da terra onde está plantado brotarão flores e no lugar onde repousa seu corpinho marrom tremula a bandeira dos Cães Piratas, em homenagem ao seu líder, o líder de todos os “perros”: Catatau!
Ninguém ainda sabe ao certo se morreu de morte morrida ou se foi morto por alguém. Mas, saberemos. O Catatau era nossa alegria, nosso companheiro, nosso irmão. Sua presença querida se apagou, mas a lembrança do amado amigo seguirá viva em nós. Também é certo que nos dias de luta, os tantos que ainda estão por vir, se vislumbrará sua doce presença, passeando, curiosa, por entre nós. É duro ficar sem ele nesta universidade tão feia e triste. Mas, como todos os anjos, Catatau vive para sempre! Hasta la vitória compañero! Hasta la vitória compañero!

Por Elaine Tavares

Catatau: 1997 - 2009


Em uma universidade marcada por tantas infelicidades chega mais uma notícia triste, dessas que nos deixam diminuído em nossa dignidade humana: Catatau foi encontrado morto num dos córregos que cortam a UFSC. Aquelas mesmas mãos que o acariciavam ali no campus conduziram seu corpo para deixá-lo repousado ali no jardim em frente ao CCE, onde ele sempre era visto e querido por todos nós.

O zumzumzum dessa notícia correu depressa entre aqueles que o amavam e, não foram poucos os que procuraram esse cantinho em sinal de respeito e carinho por um ser que tantas alegrias trouxe para os que circulavam por ali. Carinho e indignação se misturavam nas palavras e sentimentos de quem soube do que se passou, mesmo porque as causas e suspeitas de sua morte ainda deixam todos atônitos pela frieza e estupidez com que podem ter acontecido. E, aos poucos, vamos sabendo do que pode ter acontecido...

Numa universidade e entre tantas pessoas frias e estranhas ao amor e responsabilidade é singelo descobrir, na figura de um cachorro, algo que nos relembre o que vai além de nossa capacidade de zelar pelo bem público, de defender o direito dos simples e oprimidos, de estar presente no dia-a-dia e na luta por dias melhores no campus.

Nunca mais veremos aqueles jardins, salas, auditórios e corredores com o Catatau liderando as manifestações. E, setembro chegará brotando flores onde ele agora tira sua soneca eterna, velando nossa estupidez humana.
Valeu, Catatau! Sua bandeira pirata tremulará ainda muitas vezes, inspirando a participação e o engajamento contra tantas cachorradas vividas nessa universidade...