Cento e quarenta galos de briga que foram apreendidos em Teresina (PI) devem ser sacrificados nos próximos dias caso a Justiça Federal concorde com o posicionamento do Ibama do Piauí, que defende o extermínio das aves.
"O nosso pensamento é que esses animais devem ser sacrificados. Eles só servem para brigar. Não têm outra finalidade. Nem para alimentação servem, já que ingeriram remédios, anabolizantes", diz o superintendente do Ibama no Piauí, Romildo Mafra.
Segundo ele, a doação das aves também não pode ser realizada, já que não pode estimular a briga de galos. Uma associação de Teresina deu entrada na Justiça Federal com um pedido para receber os galos. O Judiciário requisitou explicações sobre a possível matança ao Ibama. O caso ainda tramita.
Mafra pede urgência para uma solução. "O que não dá é para ficar cuidando de 140 galos em condições precárias."
Os galos foram apreendidos na semana passada em uma rinha na capital do Estado e ficaram sob responsabilidade do Ibama. Naquela ocasião, não houve prisões. Até agora ninguém apareceu para reclamar a posse dos galos, diz Mafra.
A participação em rinhas de galo pode ser enquadrada no artigo 32 da lei de crimes ambientais, que prevê pena de detenção de três meses a um ano e pagamento de multa a quem "praticar ato de abuso, maus-tratos, ferir animais silvestres, domésticos ou domesticados, nativos ou exóticos".
A polêmica envolvendo o destino das aves tem ganhado as ruas da capital. Em uma emissora de TV local, um debate sobre o caso foi realizado. Entidades de defesa dos animais prometem protestar caso o "galocídio" ocorra.
O superintendente afirma que, caso seja confirmado o sacrifício dos galos, o ato seguirá as normas estabelecidas pelo Ministério da Agricultura, ou seja, as aves serão submetidas a "uma espécie de eutanásia".
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